A líder do PSD Mulher no estado, Rafaela Fávaro, filha do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, comentou sobre os movimentos internos do partido em preparação para as eleições de 2026. Ela destacou o posicionamento do deputado estadual Nininho, as possíveis alianças políticas e os nomes que estão sendo articulados tanto para as chapas proporcionais quanto para a disputa majoritária.
Segundo Rafaela, o deputado Nininho continua sendo um parceiro do PSD, especialmente do ministro Fávaro. Apesar de ter seguido um novo caminho político, a dirigente afirmou que isso não compromete as negociações internas do partido.
“Ele continua sendo um parceiro do PSD, principalmente do ministro Fávaro. Seguiu o caminho dele, mas isso não vai atrapalhar as negociações, até porque abriu 60 mil votos, que era o que ele tinha”, disse. Rafaela confirmou ainda que o partido trabalha para colocar uma nova pessoa na Assembleia Legislativa em substituição ao deputado.
Questionada sobre a aproximação do PSD com outros parlamentares, a dirigente confirmou que há conversas em andamento. Sobre a formação de chapas, Rafaela ressaltou que, embora haja uma atenção à composição proporcional, a majoritária também está em discussão dentro do partido.
Ela evitou citar nomes específicos para a sucessão ao Senado, caso o ministro Carlos Fávaro não dispute a reeleição, mas afirmou que há bons nomes em avaliação — inclusive mulheres. Entre eles, destacou a médica e ex-deputada federal pelo PSD, doutora Natasha Slhessarenko.
“Temos bons nomes aqui. Eu acredito, por exemplo, trabalhando dentro do PSD Mulher, que a doutora Natasha seria um excelente nome para governadora”, afirmou.
Rafaela também foi questionada sobre a aproximação do PSD com a direita, após o ex-presidente Jair Bolsonaro condecorar o presidente nacional do partido, Gilberto Kassab. Segundo ela, o partido mantém uma linha de centro e tem como diferencial a capacidade de diálogo com todos os campos políticos.
“O PSD é um partido de centro, o Kassab sempre colocou isso. É um partido que tem liberdade e que sabe conversar com todo mundo. Então, eu acho que esse é o nosso grande diferencial”, disse.
Ao ser perguntada sobre possíveis desgastes eleitorais em função da participação do partido no governo Lula, Rafaela minimizou os riscos. Ela destacou que o PSD mantém três ministérios na gestão federal e, ao mesmo tempo, um bom relacionamento com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, aliado de Bolsonaro.
“É um partido de centro, que tem bons diálogos. Temos três ministérios dentro do governo Lula e o Kassab junto ao governador Tarcísio de São Paulo. Isso mostra que realmente é uma sigla partidária [com pluralidade]. Saber conversar com todos é boa política e é democracia”, afirmou.
Em relação à possibilidade de a deputada federal Professora Rosa Neide (PT) disputar o Senado como alternativa à reeleição de Carlos Fávaro, Rafaela disse que há conversas em andamento, mas sem imposições.
“Existem conversas, mas nada de imposição mesmo. São conversas naturais. Esse realmente é um período em que todo mundo vai se colocando e tentando achar o melhor lugar para encaixar todo mundo”, explicou.
Questionada se já havia tratado diretamente do assunto com a deputada Rosa Neide, Rafaela respondeu que não. Finalizando, confirmou que o PSD pretende atrair outro deputado com mandato para reforçar a chapa estadual, embora não tenha revelado nomes.