O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), afirmou que não se deve esperar abraços entre o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e o governador Mauro Mendes (DEM), mas que uma relação institucional entre os dois pode e deve ser construída nos próximos anos.
Os dois políticos têm um rixa desde 2017, após o caso paletó vir à tona, situação que se agravou nos últimos meses, principalmente durante a eleição municipal, quando a troca de farpas foi mais intensa.
Em entrevista à TV Pantanal, o parlamentar afirmou que as pessoas não devem esperar que ele ou qualquer outra pessoa construam um bom relacionamento entre os dois.
“Em todo lugar que você está, as coisas precisam ser construídas. É um relacionamento. Eles vão começar a trabalhar em várias obras juntos e quem sabe lá na frente voltem a ter uma boa relação. Agora, não sou eu que vou fazer isso nem ninguém. Os dois têm que construir”, disse.
Segundo Botelho, Cuiabá nunca foi penalizada pelo conflito entre os dois líderes políticos e isso também não deve ocorrer após a reeleição de Emanuel no dia 29 de novembro. No entanto, não se pode esperar que ambos se tornem “melhores amigos”.
“O lado institucional eu acho que é importante. E tanto o governador quanto o prefeito estão entendendo isso. Agora, não vamos esperar que os dois se abracem, troquem declarações de amor e sejam felizes para sempre. Não é assim que as coisas funcionam”, disse.
O presidente da AL ainda colocou “panos quentes” na briga, afirmando que ela “nem é tão feia assim”. Ele ainda completou que Mendes “não faz diferenciação política” e não deixa de receber um prefeito por não ter sido apoiado por ele em alguma ocasião.
“Essa briga é mais semântica do que realidade. O governador não fez nenhuma retaliação com Cuiabá. Alguém já viu o governador falar que não ia mandar ou fazer algo para Cuiabá porque tem um prefeito que ele não se dá bem?”, disse.
“Aliás, ele tem vários projetos para Cuiabá e já vinha trabalhando nisso. E não com aquela hipótese de que se Emanuel ganhasse, não ia fazer. Nunca teve isso”, afirmou Botelho.