Após boatos de possível fechamento da unidade do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária de Rondonópolis (216 km de Cuiabá) e a suposta suspensão de convênios para infraestrutura em assentamentos, levou a deputada Janaina Riva (MDB) a se reunir com o presidente do Incra, coronel João Carlos de Jesus Corrêa, nesta quarta-feira (14), reforçando o apoio do Legislativo para ações do instituto no estado.
A emedebista destacou que em situações de reintegração de posse a ‘corda sempre arrebenta do lado mais fraco’.
“Quando você fala de famílias que estão há 30, 40 anos, os que são penitenciados, são, n o entanto, os que realmente precisam daquela terra pra sobreviver. Aquele grande fazendeiro, que de forma legal foi tomando seu espaço, vem conseguindo perfeitamente sobreviver sem esse pedaço de terra, mas o humilde não. E ainda são usados como massa de manobra e a gente fica no meio desse tiroteio em Mato Grosso”, destacou durante o encontro. Ela compartilhou um trecho de seu discurso nas redes sociais. Veja o vídeo abaixo
Janaina citou como exemplo uma situação ocorrida em Rondonópolis. Lembrando que vários assentados a procuraram após ameaça de possível fechamento da unidade do Incra no municípios sendo que, segundo ela, não existia está possibilidade.
“Ninguém veio aqui para defender grileiro ou quem está em condição irregular, esses queremos que saiam. A gente quer que fique o povo que te fato precisa ser assentado”
“Ver aquelas pessoas saindo da chácara ou do sítio delas pra chegar em Cuiabá, muitas vezes sem condições de pagar uma passagem, para ir na Assembleia, pedindo pelo amor de Deus para não fechar o Incra. Poxa! que falta de consideração com os nossos mato-grossenses, por isso eu peço intervenção”, destacou.
Ela ainda falou ao presidente, que o Incra pode contar com o apoio integral do estado nas ações que serão desenvolvidas em Mato Grosso. A emedebista cogitou uma parceria entre o Incra, Intermat (Instituto de Terras de Mato Grosso) e Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) para garantir a infraestrutura para os assentamentos.
“Nós não queremos que o senhor saia do Incra, não saia daqui de forma alguma. A gente sabe que a corrente é forte e que o trabalho contra também é forte, mas não queremos que seja interrompido esse trabalho sério que está sendo feito. Ninguém veio aqui para defender grileiro, ninguém veio aqui pra defender quem está em condição irregular, esses, a gente quer que saia mesmo. A gente quer que fique o povo que te fato precisa ser assentado e está naquela terra há muitos anos, pra não acontecer o que aconteceu em Suiá Missu”.