Com o projeto de equilibrar as contas de Mato Grosso ainda sem surtir muito efeito, o governador Mauro Mendes (DEM) declarou que está trabalhando muito para que a concessão de empréstimo financeiro pelo Banco Mundial, no valor US$ 250 milhões, seja viabilizada ainda no mês de agosto e explicou que o Estado precisa do recurso para conseguir pagar o 13° salário aos servidores públicos.
O empréstimo serviria, em tese, para pagar a dívida dolarizada com o Bank of America, que foi feita durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa. A instituição na época comprou parte da dívida do Estado com a União, para aumentar a capacidade de endividamento de Mato Grosso e possibilitar a execução de obras, especialmente as voltadas para a Copa do Mundo de 2014.
Pelo acordo firmado, o Estado tem que pagar duas parcelas de R$ 140 milhões por ano ao banco americano até o ano de 2020, com o próximo pagamento já agendado para o mês de setembro.
Com o novo empréstimo, o governador pretende fazer a compra da dívida e contrair outra com o prazo de pagamento de 20 anos, com juros de 3,5%, ao ano.
“Estamos trocando uma dívida com juros mais caro com um prazo menor por uma dívida mais barata, com juros menor em um prazo maior. Isso vai dar um alívio grande no caixa do Estado. Senão este ano vamos ter que pagar uma parcela de R$ 140 milhões agora em setembro. Explicou Mendes em entrevista a rádio Capital nesta segunda-feira (5), deixando claro que o acordo com o banco internacional é fundamental para o Estado pagar o 13° salário dos funcionários públicos.
“Isso iria aliviar o caixa do Estado, porque nós precisamos fazer um planejamento para pagar o 13° e isso nos preocupa muito. Na semana passada eu falei pessoalmente duas vezes com o ministro Dias Tóffoli, que gentilmente acolheu os argumentos de nossa procuradoria que entrou com uma ação. Estamos trabalhando para isso chegar no Senado e que empréstimo seja aprovado para assinarmos a tempo de até setembro não precisamos pagar esta parcela e entrarmos neste refinanciamento”, afirmou.
Na semana passada o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, acatou a segunda ação movida pela Procuradoria Geral do Estado (PGE) para garantir que a União seja obrigada a avalizar a concessão de empréstimo financeiro pelo Banco Mundial.
Caso o Senado não aprove o empréstimo até este mês, o Estado, que ainda sofre com problema de caixa, terá que pagar a segunda parcela da dívida de R$ 140 milhões em setembro.