Mesmo tendo a hegemonia política em Mato Grosso do Sul, no comando de 51 das 79 prefeituras, o PSDB nunca elegeu um prefeito da capital Campo Grande.
Desde a redemocratização, os tucanos fecham alianças com os prefeitos da capital e começam o assédio pela filiação do político ao partido.
A estratégia deu certo com Lúdio Coelho, que deixou o PTB para o PSDB no início de sua gestão na prefeitura, em 1990. Foi a única vez em que um tucano dirigiu Campo Grande.
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O partido tenta agora reverter seu histórico na capital. Lançou como candidato o deputado federal Beto Pereira e negociou alianças com todas as cores do espectro político de Mato Grosso do Sul para viabilizar sua chegada ao Executivo municipal.
O PSDB fechou a maior coligação de Campo Grande, com PL, PSD, PSB, Podemos, MDB, Solidariedade, Republicanos e Cidadania. As articulações nos bastidores envolveram a corrida pelo apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O partido ainda governa o estado há 10 anos –deve chegar a 12 anos, caso o atual governador Eduardo Riedel conclua o mandato em 2026. O principal nome do partido em Mato Grosso do Sul é Reinaldo Azambuja, ex-governador por dois mandatos.
O apoio do mundo político à candidatura de Beto Pereira, porém, parece não refletir na mesma proporção nas pesquisas de intenção de voto.
Ele cresceu dez pontos percentuais de agosto para a primeira quinzena de setembro na pesquisa da Quaest, alcançando 25%. Ficou em segundo lugar. A campanha do tucano avalia que ele perdeu votos após reportagens locais citarem Beto em um suposto esquema de corrupção no Detran-MS.
Beto nega as acusações. O partido tenta controlar o momento de instabilidade da campanha para chegar ao segundo turno.