23 de Abril de 2025

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POLÍTICA Terça-feira, 08 de Dezembro de 2020, 09:34 - A | A

Terça-feira, 08 de Dezembro de 2020, 09h:34 - A | A

DISPUTA EM ASSOCIAÇÃO

Sargento nega ameaças e vai acionar cabo na Corregedoria da PM

FOLHA MAX

O sargento da Polícia Militar, Jurimar da Silva Siqueira, atual secretário-geral da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (ACS-PMBM/MT), nega ter feito qualquer ameaça contra o cabo Laudicério Aguiar Machado, de 41 anos, eleito o novo presidente da instituição. Ele vai acionar a Corregedoria da PM com uma representação contra Jurimar por denunciação caluniosa e por faltar com respeito ao superior hierárquico. Também promete processar Machado na Justiça por tê-lo citado num boletim de ocorrência registrado no dia 5 deste mês na Polícia Civil afirmando que estaria sofrendo ameaças de morte

No documento policial, Laudicério afirma ainda que estaria sendo alvo de campanha difamatória supostamente praticada pelo atual presidente da ACS, cabo Adão Martins da Silva, e pelo soldado Edilelson da Silva Nazário, vice-presidente, ambos derrotados na busca pela reeleição. A escolha da nova diretoria da Associação ocorreu no dia 18 de novembro. No boletim de ocorrência ele cita ainda o nome de Gumercindo Rosa Pereira (diretor de Finanças da Associação).PUBLICIDADEEm contato com o FOLHAMAX, o sargento Jurimar Siqueira antecipou que vai processar o cabo Laudicério Machado por danos morais, pois ao citar seu nome no registro policial, estaria inventando mentiras a seu respeito. Sustentou não existir qualquer ameaça de sua parte e que ele não integra nenhuma chapa que disputou a presidência da ACS. Explicou que seu mandato está chegando ao fim e que, enquanto sargento, ele não pode disputar a eleição, que é voltada apenas para cabos e soldados. Afirmou ainda que o cabo Jurimar já tinha sido excluído da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso quando foi eleito presidente da instituição.

A exclusão, conforme o militar, se deu no bojo de uma sindicância instaurada através de uma portaria publicada no dia 19 de setembro de 2019 para apurar as circunstâncias em que o cabo Laudicério Aguiar Machado teria feito comentários pejorativos em relação ao presidente da ACS-PMBM/MT em uma sala de aula da Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da Polícia Militar na presença de vários militares associados. Com isso, ficou configurada a prática “atos atentórios a finalidade da ACS PMBM/MT, falta disciplinar, de comportamento e infração, contidas no estatuto da associação de cabos e soldados”.De acordo com o sargento Siqueira, um dos requisitos para disputar a presidência da Associação é que a pessoa seja associada e tenha idoneidade moral. No caso do cabo Laudicério, ressalta que já existia uma sindicância em andamento contra ele quando o mesmo decidiu montar chapa e disputar a presidência da Associação. Informou ainda que o cabo foi notificado para apresentar defesa no processo administrativo, mas alegou que participava das eleições municipais disputando uma vaga de vereador na Câmara Municipal de Cuiabá.

O cabo Laudicério Machado chegou a ingressar com uma ação na Justiça pedindo contra o cabo Adão Martins da Silva e a Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso pedindo liminar para suspender o julgamento da sindicância. Contudo, a juíza Sinii Savana Bosse Saboia Ribeiro, da 9ª Vara Cível de Cuiabá, negou a liminar no dia 16 de outubro.Dessa forma, a sindicância foi finalizada e teve como resultado final a expulsão do cabo Laudicério Aguiar Machado, dos quadros de associados da ACS. Essa exclusão ocorreu  no dia 11 de novembro, faltando uma semana para a eleição na qual ele foi eleito presidente da instituição para tomar posse em janeiro de 2021.“O fato de ele ser eleito não dá a imunidade e nem termina um processo administrativo contra ele que já estava em andamento. Durante a campanha para vereador foi chamado para ser ouvido no processo administrativo, mas falou que não poderia responder porque era candidato a vereador. A Associação é particular.

A diretoria decidiu julgar o procedimento e o comunicou por e-mail. Ele foi à justiça, pediu uma liminar e não conseguiu porque a Justiça entendeu que o procedimento administrativo estava correto. Fizemos isso e juntamos os autos do processo administrativo no processo judicial”, detalha Jurimar afirmando que a expulsão de Laudicério da associação foi legal e seguiu todo o rito exigido por lei. Por fim, argumenta que o cabo não reclamou da exclusão porque sabia que estava errado. “Eu vou representar ele na Corregedoria por denunciação caluniosa e por faltar com respeito ao superior hierárquico.

Estou com Covid-19, não posso sair de casa e ele está criando coisas. Ele está fazendo está errado, tem que parar de se fazer de vítima. Vou ingressar com uma ação de danos morais contra ele. Tudo que puder resolver na Justiça, vou fazer contra ele. Não sou de nenhuma chapa e nem fui candidato a nada. Sou sargento e quem concorre é cabo e soldado. Estou terminando o mandato e vou embora, ele que faça auditoria, faça o que quiser. Ficou muito feio pra mim que tive meu nome exposto indevidamente”, argumentou o militar.Questionado sobre as supostas ameaças relatadas no boletim de ocorrência e a situação do presidente eleito para comandar uma Associação da qual foi expulso, o cabo Jurimar disse que vai deixar isso para o Ministério Público apurar.

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