04 de Dezembro de 2024

ENVIE SUA DENÚNCIA PARA REDAÇÃO

POLÍTICA Segunda-feira, 08 de Novembro de 2021, 10:23 - A | A

Segunda-feira, 08 de Novembro de 2021, 10h:23 - A | A

BARRACO NA SESSÃO

Votação para investigar Emanuel acaba em bate boca de vereadores

Câmara votaria abertura da comissão processante que pode levar à cassação de Emanuel Pinheiro

Lucas Leite da Redação

A primeira sessão na Câmara de Cuiabá que votaria o pedido de abertura de uma comissão processante contra o prefeito afastado, Emanuel Pinheiro (MDB), foi encerrada devido aos ânimos
exaltados dos parlamentares da base e da oposição.

Quer ficar bem informado em tempo real? Entre no nosso grupo e receba todas as noticias (ACESSE AQUI).

Por causa da confusão, o presidente da Câmara Juca do Guaraná (MDB) encerrou a sessão ordinária e não votou o pedido. O bato-boca começou quando os veredores de oposição usaram a tribuna para tentar persuadir a base a votar favorável a abertura da comissão, que pode levar à cassação de Emanuel.

Quando chegou a vez do vereador Sargento Vidal (Pros), acabou fazendo criticas a vereadora, Michelly Alencar (DEM), membro da oposição. Segundo Vidal, alguns parlamentares têm usado as redes sociais para se promoverem sobre a cassação do prefeito e acusou a colega Michelly de espalhar fakes, em dizer que “a cassação do prefeito em Cuiabá vai depender do tamanho do cheque que os vereadores receberem”.

Vidal ainda afirmou que não recebeu nenhum dinheiro do prefeito e que a parlamentar quebrou o decoro com a publicação.

“As pessoas me mandam aqui. A cassação do prefeito de Cuiabá vai depender do tamanho do cheque que os vereadores receberem. Como assim, tem um cheque aí? Eu não recebi o meu. Onde está esse cheque? Tem que perguntar para a vereadora Michelly Alencar que divulgou isso nas redes sociais dela, denegrindo todos os demais vereadores", disse Vidal.

"Porque ela está afirmando que tem um cheque. Ninguém me chamou em local nenhum para conversar”, completou ele.

Vital ainda disse que ficou muito incomodado com a postura da veradora, pois até seus familiares têm falado desse possível cheque e a suposta “compra” dos vereadores.

“Familiares meus me ligaram dizendo: 'vai ter churrasco sargento? Você pegou aí um cheque alto'. Eu quero esse cheque, alguém vai ter que me dar ele, nem que seja para levar na delegacia e denunciar, pois estão pensando que nós recebemos um cheque para votar hoje aqui”, contou.

Com isso a vereadora não perdeu tempo e logo pediu a fala por entender que foi citada de "forma prejorativa". Entretanto, Juca do Guaraná negou o pedido por entender que as declarações de Vidal não teriam a ofendido.

“Leia o artigo 140 [do Regimento Interno]. Eu não vou te calar, estou apenas cumprindo o regimento”, disse Juca.

Assim como Michelly da oposição, Diego Guimarães (Cidadania) e Dilemário Alenca (Podemos), acabaram discutindo com o presidente, Juca, para que ele liberasse o direito de resposta. Diante de toda a confusão generalizada, Juca então pediu que os vereadores mantivessem a ordem, ou encerraria a sessão sem votar o requerimento.

Após Dilemário filmar o ‘barraco’ e dizer que ali estavam "os paus mandados do prefeito", o vereador Paulo Henrique (PV) mandou Dilemário ficar quieto e parar "de fazer palanque em rede social".

Juca então encerrou a sessão e a votação do pedido de comissão processante ficou para acontecer no dia 8 de novembro a partir das 9h. Ele comentou que a definição ocorreu devido a impossibilidade de dar continuidade a sessão devido a falta de respeito, principalmente no andamento dos trabalhos legislativos.

Comente esta notícia

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do A Notícia MT (anoticiamt.com.br). É vedada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site A Notícia MT (anoticiamt.com.br) poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

image