11 de Julho de 2025

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POLÍTICA Quinta-feira, 18 de Julho de 2019, 08:36 - A | A

Quinta-feira, 18 de Julho de 2019, 08h:36 - A | A

GRAMPOLÂNDIA PANTANEIRA

“Vou rebater ponto a ponto cada mentira”, diz Paulo Taques sobre depoimentos de militares

Olhar Direto

O ex-secretário chefe da Casa Civil de Mato Grosso, Paulo Taques, falou com exclusividade ao Olhar Direto no segundo dia de interrogatório dos militares envolvidos no esquema de escutas clandestinas praticadas no Estado. Acusado de repassar verba para financiamento dos grampos ilegais, o advogado garantiu que irá rebater “ponto a ponto cada mentira” e apontou, ainda, contradições nos depoimentos, realizados entre 16 e 17 de julho.

“Vou rebater ponto a ponto as mentiras que disseram. Há mais de dois anos estou aguardando para ser ouvido. E o momento está chegando. Foram três interrogatórios, e ao interrogado é dado o direito de falar o que quiser, inclusive mentir ele pode. A lei lhe dá esse direito. Falaram inúmeras versões. Mas e a prova? Não apresentaram uma sequer”, questionou Paulo Taques. 

O advogado lembrou, ainda, que na época em que o assunto surgiu sofreu três ordens de busca e apreensão em sua casa e escritório, ocasião em que seu celular e de sua esposa, computadores e até um tablet de seu filho de 8 anos foram levados e até hoje não foram devolvidos. “Quero e vou falar. Mas o farei primeiro às autoridades que conduzem o inquérito que tramita na sétima vara criminal”, pontuou.

Na terça (16), foram reinterrogados o ex-comandante da Polícia Militar de Mato Grosso, Zaqueu Barbosa, e o coronel Evandro Lesco. Os dois confessaram crimes na chamada ‘Grampolândia Pantaneira’, com o envolvimento de membros do Ministério Público e políticos, entre eles Pedro Taques e Paulo Taques.

Os depoimentos seguiram nesta quarta-feira (17) e, nesta tarde, o juiz da Décima Primeira Vara Criminal Especializada em Justiça Militar de Cuiabá, Marcos Faleiros, ouviu o cabo da Polícia Militar Gerson Corrêa Júnior.

O cabo relatou um suposto encontro com o Paulo Taques, que teria acontecido em um restaurante em Chapada de Guimarães. Na ocasião, segundo Gerson, o secretário questionou sobre a possibilidade de inserir números na modalidade barriga de aluguel.
 "Paulo Taques queria saber como seria feito, se tinha segurança, com qual decisão seriam feitas as interceptações". De acordo com o militar, o advogado e o ex-governador seriam mandantes do esquema.

No processo, corrente na Justiça Militar, são réus, além de Zaqueu, Lesco e Gerson, o coronel Ronelson Jorge de Barros e o tenente-coronel Januário Antônio Batista. Paulo Taques e Pedro Taques foram apenas citados pelos militares e ainda não há previsão de serem ouvidos em juízo.

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