22 de Janeiro de 2025

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GERAL Terça-feira, 27 de Setembro de 2022, 10:03 - A | A

Terça-feira, 27 de Setembro de 2022, 10h:03 - A | A

MINERAÇÃO

Do garimpo a um dos maiores mineradores do Mundo

Redação

Quem conversa com o empresário Valdinei Mauro de Souza, um empresário de sucesso e riso fácil, não imagina os percalços e caminhos difíceis que ele passou como um garimpeiro sonhador dos anos 1990 em Poconé, até se tornar o CEO do grupo Fomentas Mining Company, um dos mais importantes do mundo.

Carinhosamente chamado de Nei, o empresário tem 52 anos e nasceu em Nortelândia (214 KM da capital), terra mato-grossense conhecida pela extração de diamante. Com uma infância bastante humilde, lembra que um dos seus maiores sonhos era ter uma calça jeans.

‘Até meus 19 anos a gente não tinha condições para nada. Com 10 anos eu tinha o sonho de ter uma calça jeans, aos 11 anos com muita dificuldade minha mãe comprou. Eu queria ir ao colégio com ela, para mostrar que eu tinha. Eu dormi com a calça, mijei na cama, e no outro dia não pude ir a escola com a calça nova‘, lembra sorrindo.

Nei acabou indo para o município de Poconé para trabalhar em uma loja. Porém, lá no município acabou conhecendo o garimpo e se apaixonando. ‘Comecei do nada em Poconé. Acho que era 1991 e estava com muita vontade. Comecei trabalhando nos garimpos manual. E um dia eu sonhei que iria ganhar muito dinheiro com ouro, mas não conseguia decolar, ir para frente. Foi quando decidir ir para o Pará‘, lembra.
Nei classifica os 10 anos que ficou no Pará em busca de ouro como um período de ’sofrimento’. ‘Peguei muita malária, muita chuva, porque era no meio da Amazônia. Vi muita gente pegar muito ouro, mas eu mesmo não pegava. Teve vizinhos meus que pegou duas ou três toneladas de ouro em seis meses, e eu pegava muito pouco, mal dava para comer‘, conta, lembrando que nesse período filou longe da família.
‘Já tinha dois filhos, no final eu tinha três. E por que eu ficava tanto fora? Porque ou eu mandava o dinheiro ou eu ia vê-los, e naquele momento o dinheiro era mais importante. Para pagar remédio, compras, mercado‘, completa.
Apesar do sofrimento, Nei conheceu os principais garimpeiros da região e do País neste período, e, ainda com o sonho de ganhar dinheiro com garimpo, mesmo com uma dívida gigante, ele decidiu voltar para Poconé.
Em Poconé, endividado, fracassado e morando em uma casinha de quatro peças, Nei encontra um garimpeiro antigo que deu uma dica que mudou sua vida.
‘Ele disse: Nei, se você mexer em tal lugar, lá tem ouro para enriquecer um homem, ainda. E eu comecei a insistir para mexer nessa área. O dono faleceu e a viúva liberou para eu garimpar. E onde o homem disse que tinha ouro, tinha muito ouro. Ouro fácil, barato. E eu peguei muito ouro nesse local. Montei um moinho no peito e na raça‘, revela.
‘Com esse ouro paguei minhas dívidas, comprei máquinas, caminhões, e comecei a crescer, crescer, e como eu cresci no sofrimento, conheci todas as áreas do ouro. E fiz alguns negócios, comprei algumas propriedades, com preço barato, vendi essas propriedade por milhões, e passei a fazer negócios, não só de mineração‘, continua.
De garimpeiro ao empresário de sucesso, Nei comprou uma das melhores minerações do Brasil. ‘Praticamente ganhei de presente, porque a empresa tinha muitos problemas, ninguém queria tocar a empresa, e eu assumi. Resolvi os problemas da empresa e nós conseguimos pegar um dinheiro em Nova York, um fundo americano ganhou muito dinheiro conosco. Hoje é nosso parceiro e temos uma credibilidade enorme lá fora‘.

‘Depois dessa segunda mineração, nós estamos produzindo bastante ouro que nos honra nosso funcionários, mas principalmente a Deus. Hoje temos um trabalho social com mais de 3 mil famílias em Cuiabá. Assumimos o Hospital de Poconé, e estamos atribuindo as glorias que Deus nos deu em assistência social‘, finaliza.

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A certificação se deu após a empresa cumprir as duas fases do projeto. A primeira envolve critérios ligados a inclusão social, proteção aos direitos humanos e as relações de trabalho (não praticar trabalho escravo e nem infantil e seguir as leis trabalhistas), bem como cuidados ao meio ambiente (tratamento dos resíduos) e gestão de riscos.

Após as obrigações normativas vem a fase 2, onde as plantas iniciam a exportação do ouro responsável e recebem a bonificação para cada grama de ouro comercializado.

‘Nós passamos a vender para a maior refinaria de ouro do mundo, que vendem para Rolex, para grandes marcas de jóias, para Apple. Com isso, além de ter um prêmio chamado Ouro do Bem, o ouro sem trabalho escravo, que cuida do meio ambiente, que cuida da região que você trabalha.

‘Já doamos muitas casas, pagamos cestas básicas, pagamos faculdade para muita gente. Hoje estamos retribuindo a Deus o que eles nos deu. Hoje somos respeitado no ouro pelo nosso compromisso. Nossos funcionário tem carteira assinada, em que todos são amigos. Hoje pagamos plano de saúde e ajudamos em todo o sentido e somos referência na mineração por fazer o bem e fazer o correto‘, concluiu.

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