A SES (Secretaria de Estado de Saúde) alertou municípios da região norte do Estado para redobrem a atenção no diagnóstico e tratamento da malária, dando prioridade aos casos suspeitos oriundos de áreas de garimpo.
Segundo a Vigilância Epidemiológica, a notificação de casos suspeitos deve ser feita tanto na rede pública como na rede privada de saúde. Mato Grosso está na área de transmissão da doença.
A vigilância recomenda que o caso suspeito deva ser imediatamente notificado com a ficha SIVEP MALARIA, já disponibilizada pela SES aos municípios, e encaminhado para a coleta de exame para imediato diagnóstico e inicio do tratamento. Também é necessário registrar todos os exames de controle de cura.
Conforme a SES, é considerado suspeito todo caso em que uma pessoa é submetida ao exame para malária durante investigação epidemiológica ou qualquer indivíduo residente em área onde haja possibilidade de transmissão de malária, o que tenha se deslocado para a região, no período de 8 a 30 dias anteriores à data dos primeiros sintomas (febre acompanhada ou não de cefaleia, calafrios, sudorese, cansaço e dor muscular).
Podem surgir casos com início dos sintomas em período superior a 30 dias após o contato com as áreas de transmissão de malária, assim como casos de malária decorrentes de transmissão não vetorial.
Por isso, é importante o bloqueio da doença em áreas de divisa entre Mato Grosso e outros estados próximos – como é o caso da divisa com Rondônia, área que está próxima de garimpos ilegais.
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, com ampla distribuição mundial, causada por protozoários do gênero Plasmodium, transmitidos através da picada da fêmea infectada do mosquito Anopleles.
O período de incubação varia de 7 a 14 dias e os sintomas são febre, calafrios, cefaleia, sudorese, acompanhados por cefaleia, mialgia, náusea e vômitos. O quadro clínico da malária pode ser leve, moderado ou grave, dependendo da espécie do parasita, da quantidade de parasitos circulantes, do tempo de doença e do nível de imunidade do paciente.
O diagnóstico precoce e o tratamento específico e oportuno são as únicas alternativas que podem evitar o agravamento do quadro e o óbito por malária.