Enquanto o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), faz questão de ressaltar sua proximidade política com líderes do DEM – já com vistas a uma possível disputa à reeleição –, os principais nomes da sigla começam a articular uma candidatura própria para o pleito do próximo ano.
É o que defende, por exemplo, o ex-governador e um dos principais nomes do DEM em Mato Grosso, Júlio Campos, que classificou como “vital” o partido lançar um nome para concorrer ao Palácio Alencastro.
“Com todo o respeito que merece o nosso amigo, antigo correligionário, prefeito Emanuel Pinheiro, nesse instante o DEM ainda está organizando um projeto político para disputar com candidaturas próprias em 2020”, disse o democrata.
“Nossa meta é disputar com candidatura própria em pelo menos 45 a 50 prefeituras dos 141 municípios, entre as quais a Capital, que é vital”, acrescentou Júlio, em entrevista ao Jornal do Meio-Dia, da TV Vila Real.

Nossa meta é disputar com candidatura própria em pelo menos 45 a 50 prefeituras dos 141 municípios, entre as quais a Capital, que é vital
Ainda segundo ele, há nomes cotados pelo partido para encabeçar essa disputa, como os dos secretários de Estado de Saúde e da Casa Civil, Gilberto Figueiredo e Mauro Carvalho, respectivamente.
O primeiro, ainda filiado ao PSB, apenas aguarda a janela partidária em abril do próximo ano para mudar de sigla. Já o chefe da Casa Civil ainda não é filiado a qualquer sigla.
Além disso, o DEM também aposta suas fichas no nome do ex-prefeito e apresentador Roberto França. Ele também já afirmou estar disposto a se filiar, desde que seja para concorrer à Prefeitura da Capital.
Contra reeleição
Quem também já deu declarações dando conta de que buscará um projeto para Cuiabá, que não passa pela reeleição de Emanuel Pinheiro, é o presidente do DEM em Mato Grosso, o ex-deputado federal Fabio Garcia.
“Continuo avaliando que Emanuel não é um bom administrador para Cuiabá. Eu já dei minha posição e ela é bastante clara: sou contra o apoio do DEM à candidatura do Emanuel”, disse Garcia, em entrevista recente.
“Ele pode ser amigo de todo mundo. Isso não transforma o Emanuel no candidato que o DEM possa apoiar. Ser amigo é ser amigo. Ser o candidato apoiado pelo DEM é outra coisa absolutamente distinta”, acrescentou.