O Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) abriu Procedimento investigatório Criminal para apurar crimes de interceptações ilegais supostamente realizados por membros do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) durante a Operação Sorrelfa, ocorrida em setembro de 2016, contra o então prefeito de Sinop e atual deputado federal, Juarez Costa (MDB).
A informação consta em pedido de compartilhamento de provas enviado ao juízo da Décima Primeira Vara Criminal de Cuiabá, especializada em Justiça Militar, local em que policiais são processados pelo caso conhecido como Grampolândia Pantaneira.
O cabo Gerson Correia Junior, réu no processo, afirmou em depoimento que a operação Sorrelfa foi politicamente orquestrada pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPE).
“Sobre o modus operandi de identificar terminais telefônicos que foram objeto de investigação, quero dizer que este modo de atuar se arrasta há muito tempo, antes, quando eu estava e depois que eu saí. Eu estava lá e continuou até a deflagração, com interceptação, contra o ex-prefeito de Sinop, Juarez Costa. Este mesmo modus operandi, de pegar decisão alheia a investigação e inserir dados, ela é demonstrada classicamente nesta investigação”, disse Gerson em depoimento.
O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado, órgão do Ministério Público, realizou no dia 15 de setembro de 2016 busca e apreensão na casa do então prefeito de Sinop, Juarez Costa, com o objetivo de investigar crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.