Sob a relatoria do ministro Mauro Luiz Campbell Marques, do Tribunal Superior Eleitoral - e seguido por unanimidade por colegas daquela Corte de Justiça, por sete a zero -, o candidato ao Senado pelo PP, Neri Geller, foi cassado nesta terça-feira(23), por abuso de poder econômico, ainda referente às eleições de 2018, quando assegurou vaga na Câmara, como deputado federal.
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Geller respondia por abuso de poder econômico, referente às eleições de 2018, quando foi eleito ao Congresso. Com a decisão, Neri está inelegível por oito anos e assume em seu lugar a servidora pública e ex-superitendente do Procon-MT, Gisela Simona(União Brasil) que, nestas eleições, volta a disputar vaga na Câmara Federal.
"Estou emocionada. Muito. Triste por perder um mandato para o poder econômico. Mas, feliz, ao mesmo tempo, porque me foi feita justiça. Sei o quanto poderia ter servido ao povo de Mato Grosso. Mas quando observo a justiça sendo feita, eu penso, há ainda esperança e que precisamos confiar nas urnas e no povo.
Na decisão de hoje do ministro Campbell, ele entendeu a ocorrência do abuso de poder econômico, em movimentações financeiras na campanha de Neri, em 2018, apontando a prática de abuso de poder econômico por meio de doações realizadas de forma abusiva como pessoa física e por meio do CNPJ da sua campanha. Gastos que triangulados e analisados em conjunto, vê-se a extrapolação do teto de gastos.
Se contrapondo à decisão do Tribunal Regional Eleitoral que - em setembro de 2020 -, entendeu que as doações feitas por Geller a 11 candidatos na eleição, e ainda seus gastos de campanha, não teriam configurado abuso de poder econômico e, nem tampouco, teriam extrapolado o limite de gastos fixados em R$ 2,5 milhões pela legislação eleitoral.
Na noite desta última terça, Gisela Simona que obteve 50.682 votos para deputada federal naquele pleito, ao conversar com o site O Bom da Notícia não conteve às lágrimas, ao revelar 'que mesmo que tenha sido feita uma justiça tardia, ainda assim, foi justiça'.
Ao lamentar que o poder econômico tenha vencido - naquela época, a queda de braço eleitoral -, e lhe retirado um mandato que lhe foi conferido nas urnas pela população. "Estou emocionada. Muito. Triste por perder um mandato para o poder econômico. Mas, feliz, ao mesmo tempo, porque me foi feita justiça. Sei o quanto poderia ter servido ao povo de Mato Grosso. Mas quando observo a justiça sendo feita, eu penso, há ainda esperança e que precisamos confiar nas urnas e no povo. Porque a justiça provou que ganhei, pena que não pude exercer um mandato que me foi conferido nas naquela época".
Ao ainda confidenciar que 'hoje ela está de alma lavada, porque lhe foi confirmado pelo TSE, não só os votos que teve nas urnas mas, sobretudo, a confiança daqueles que votaram nela'.
"Estou de alma lavada pois a Justiça mostrou, hoje, a vontade popular, ao cassar Neri Geller e mostrar que o poder econômico pode ser vencido. Mais do que nunca, estou pronta e vou lutar com todas as minhas forças para que a população confie mais uma vez em mim, em minhas propostas. E que desta vez não me seja tirado um mandato que sempre é conferido pela vontade popular e não medido pelo dinheiro".
Neri Geller que disputa vaga a Senatória - mesmo sem mandato - e com grande possibilidade de ter o registro de sua candidatura indeferida pelo TRE-MT, deve continuar na disputa sub judice. Enquanto sua defesa busca recursos para reverter o quadro imposto a ele, pelo Tribunal Superior Eleitoral, de forma colegiada e unânime.
Por meio de nota, a assessoria do candidatto ao Senado apontou que o deputado federal Neri Geller foi cassado injustamente e prova irrefutável disso foi a decisão em cima de um pedido que sequer fazia parte dos autos. (Veja abaixo a nota)
NOTA OFICIAL
Sobre o julgamento do TSE, desta terça-feira (23), há que se declarar que:
- O deputado federal Neri Geller foi cassado injustamente e prova irrefutável disso foi a decisão em cima de um pedido que sequer fazia parte dos autos.
- Geller foi condenado por ser produtor rural, e por natureza intrínseca, vender soja e milho.
- A partir da decisão do TSE, a assessoria jurídica do parlamentar continuará trabalhando pelos meios judiciais cabíveis ao caso.
Assessoria
Neri Geller