06 de Dezembro de 2024

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Prefeito estuda implantar “passaporte da vacina” devido ao grande número de pessoas atrasadas com a segunda dose

Redação

Diante do alto número de pessoas em Cuiabá que não retornaram aos polos de vacinação para tomar a segunda dose da vacina contra o coronavírus, o prefeito em exercício, José Roberto Stopa, estuda a  implantar na capital o 'passaporte da vacina'.

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“Segundo informações colhidas nos bancos de dados da nossa campanha de vacinação, cerca de 57 mil pessoas já passaram do prazo para tomar a segunda dose e ainda não receberam a segunda aplicação da vacina. É um número muito alto, que nos preocupa, pois precisamos que o máximo de pessoas possível complete o esquema vacinal, para não corremos o risco de um novo aumento de casos de Covid na capital. Caso esta situação não mude, será necessário tomarmos uma medida mais drástica, como a implantação do passaporte da vacina para a entrada em locais diversos, como bares, restaurantes, repartições públicas e em eventos em geral”, revelou o prefeito Stopa.

Os dados apontam que mais de 18.300 pessoas estão com a segunda dose de Astrazeneca atrasada e o grupo de 30 a 39 anos é o 'líder'. No caso da Coronavac, são cerca de 9.800 pessoas com o processo de imunização atrasado, sendo que o grupo de 18 a 30 anos é o mais faltoso. Em relação à Pfizer, são mais de 28.800 pessoas que não tomaram a segunda dose, na sua maioria entre 26 e 40 anos.

A professora de Infectologia da Universidade Federal de Mato Grosso e do Hospital Universitário Júlio Muller, Marcia Hueb, reforça a importância da população completar o esquema vacinal. “Contra a Covid-19, para uma pessoa estar imunizada ou completamente protegida precisa ter tomado pelo menos as duas doses da vacina, que estão previstas no esquema vacinal. É muito importante que todo mundo que tomou a primeira dose receba a segunda e complete o esquema, até para que os órgãos públicos planejem uma revacinação ainda dentro deste ano e para o próximo ano. Para isso é preciso que tenhamos primeiro a população em sua grande maioria completamente imunizada. Entre as armas que temos para enfrentar essa pandemia, a vacina é a mais eficaz. Além disso, temos o uso da máscara e o isolamento social. Se nós quisermos não ter mais o isolamento e não usar mais a máscara definitivamente, temos que estar vacinados, para atingirmos esse ideal do controle. Estar completamente imunizado é maneira que temos de nos protegermos e também de sermos solidários com os outros”, disse a professora.  

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