O Jornal Centro-Oeste Popular recebeu um vídeo que circula nas redes sociais mostrando uma grande quantidade de livros escolares abandonados na rua, em uma área próxima à rotatória do Contorno Leste, no bairro Dr. Fábio 2. As imagens mostram livros espalhados pela calçada, o que gerou indignação entre moradores e questionamentos sobre a responsabilidade no descarte desses materiais.
De acordo com os moradores da região, o local já foi alvo de problemas semelhantes anteriormente, mas o caso atual destaca-se pela quantidade de materiais educacionais descartados, com capas, páginas e encadernações visíveis. O vídeo gerou uma onda de indignação nas redes sociais, especialmente considerando que há alternativas adequadas para o descarte desses itens.
O Jornal COPopular entrou em contato com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, que forneceu informações sobre o correto procedimento de descarte de livros. Segundo a secretaria, livros não são considerados resíduos recicláveis devido aos materiais e tintas usados em sua produção. A recomendação é que sejam levados para pontos de coleta específicos, como os chamados "ecopontos", espalhados por diferentes bairros da cidade. Esses locais são destinados a materiais que não podem ser descartados no lixo comum.
O que diz a legislação?
A Lei Estadual nº 6.945, de 2021, estipula que materiais de difícil reciclagem, como livros, enciclopédias e outros itens de papel, devem ser encaminhados para unidades de coleta de resíduos especiais. Além disso, a norma prevê que os cidadãos busquem alternativas sustentáveis para a destinação desses materiais, como doações para bibliotecas públicas, escolas e ONGs que promovem a educação.
A Secretaria Estadual de Educação também se posicionou sobre o ocorrido, reforçando seu compromisso com a educação ambiental e mencionando que diversos programas educativos são realizados nas escolas para incentivar os alunos a realizarem o descarte responsável de livros. No entanto, enfatizou que, em casos como o do bairro Dr. Fábio 2, é essencial que a comunidade se una para evitar que esses materiais sejam tratados como lixo e prejudiquem o meio ambiente.
Além disso, livros jogados nas vias públicas podem obstruir bueiros e causar alagamentos em períodos de chuva.
Alternativas ao descarte irregular
Além dos ecopontos, outra alternativa é a doação para instituições de caridade ou bibliotecas. Várias organizações no estado incentivam a doação de livros em bom estado. A Rede de Bibliotecas Públicas do Centro-Oeste, por exemplo, possui um programa de arrecadação de livros usados para ampliar seu acervo e oferecer mais opções de leitura à população.
A comunidade do bairro Dr. Fábio 2 também pode procurar centros de reciclagem, onde os livros podem ser processados de maneira adequada, minimizando impactos ambientais.
O incidente registrado no bairro Dr. Fábio 2 é um alerta sobre a importância de práticas mais conscientes no descarte de materiais. O uso inadequado do espaço público e o desperdício de recursos valiosos, como livros, não apenas prejudicam o ambiente, mas também a educação.
A Prefeitura e o Governo Estadual reforçam que, para o correto descarte de livros e outros materiais de papel, a população pode contar com as várias alternativas oferecidas na cidade.
O Jornal COPopular segue acompanhando o caso e continuará cobrando providências das autoridades para garantir que situações como essa não se repitam, promovendo a educação ambiental e a preservação do patrimônio público.