O secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Marcelo de Oliveira e Silva, assinou um documento de rescisão do contrato com o Consórcio CLE Arena Pantanal, que atendia serviços de Tecnologia da Informação (TI), de R$ 98 milhões. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (04), no Diário Oficial do estado. A empresa também terá que devolver R$ 837 mil aos cofres públicos.
Segundo o documento, o contrato era responsável pelo serviços de fornecimento de materiais, equipamentos e prestação de serviços especializados de instalação, ativação, configuração, realização de testes, garantia, treinamento, manutenção, operação e suporte do sistema de TV, sistema de segurança e de broadcasting.
Canal Livre Comércio e Serviços Ltda e Etel Engenharia Montagens e Automações, de Várzea Grande e Rio Claro (SP), eram as empresas responsáveis pelo consórcio. Após o fim da Copa do Mundo na capital, os problemas de TI aumentaram. Os telões não funcionavam, assim como os sistemas de TV. Os jogos eram prejudicados, bem como a cobertura realizada por jornalistas no estádio.
O valor inicial do contrato foi estabelecido em R$ 98 milhões. Em setembro do ano passado, relatórios da Controladoria Geral do Estado (CGE) apontaram irregularidades no serviço prestado. O ex-governador Silval Barbosa, que já foi condenado em outros esquemas de corrupção, afirmou que ele e um deputado estadual teriam recebido R$ 1,7 milhão de valores desviados do consórcio. Após a delação, o Supremo Tribunal Federal exigiu que a CGE investigasse o caso.
Entre os erros apontados pela CGE estão atrasos na prestação das funções, omissão na aplicação de penalidades à contratada, inexecução parcial dos serviços avançados, etc. O custo mensal de manutenção da Arena é de R$ 700 mil por mês. Em 2018, foram gastos R$ 4,8 milhões para manter o estádio funcionando.