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POLÍTICA Segunda-feira, 05 de Agosto de 2019, 13:32 - A | A

Segunda-feira, 05 de Agosto de 2019, 13h:32 - A | A

APÓS REUNIÃO DE CONSELHO

Sob ameaça de demissão, professores fazem nova assembleia hoje e reavaliam greve

Olhar Direto

Em greve há 71 dias, os profissionais da Educação em Mato Grosso realizam na tarde desta segunda-feira (5), a partir das 14h, uma nova assembleia da categoria. Será a primeira reunião dos servidores após decisão judicial do dia 30 de julho que considerou a greve ilegal e determinou aplicação de multa de R$ 150 mil por dia em caso de descumprimento. Além dessa medida, os profissionais estão com os salários cortados desde 27 de maio, data de início do movimento, e o governador Mauro Mendes (DEM) anunciou que pretende demitir quem continuar com a paralisação.

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“Reafirmamos que, o que termina greve é proposta. Contudo, a decisão precisa passar pela categoria pois é ela quem delibera”, conclui o presidente do Sintep, Valdeir Pereira.

Segundo o Sindicato dos Servidores da Educação em Mato Grosso (Sintep-MT), os debates realizados durante sábado e domingo (reunião de conselho de representantes) apresentaram a “indignação da categoria com a ausência de proposta do governo”.

O quadro de mobilização relatado permanece o mesmo, com possibilidade de retomada parcial de alguns profissionais que sofrem ameaças veladas pela Secretaria de Estado de Educação, e também pela truculência aplicada com o corte de ponto. Contudo, a maioria acredita na continuidade da greve em defesa do direito dos trabalhadores e trabalhadoras da educação,segundo informa o sindicato. 

Desde 27 de maio, os educadores cobram uma proposta para o pagamento dos 7,69% até a próxima data base, em maio de 2020, bem como, a recuperação das perdas salariais, desde maio de 2019. 

Na manhã de hoje, em entrevista à Rádio Capital FM, o governador Mauro Mendes declarou que não existe nenhuma proposta a ser feita, considerando que não existe mudança no cenário econômico que possibilite, até agora, aumento de arredação. 

Mesmo com a aprovação do projeto que convalida incentivos fiscais amplamente defendida pelo Executivo, Mendes declarou que sem uma mudança no atual cenário e com a folha ainda extrapolando o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), não existe ‘saída’. “Hoje, Mato Grosso emprega 58% do que arrecada para a quitação da folha salarial, quando o limite é de 49%. “A lei federal é clara. Estamos impedidos de conceder aumento”.

Mendes também afirmou que o Governo do Estado estuda dar início a Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e afastar profissionais da educação que estão em greve afetando cerca de 40% de um total de 757 unidades escolares.

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